No novo filme, os agentes vivem juntos e estão afastados do FBI, ela sendo médica e ele escondido em casa, se dedicando a reunir matérias de jornal sobre assuntos obscuros, até que a Agência os procura para ajudar a encontrar uma colega desaparecida, dado que um ex padre que abusou de trinta e sete coroinhas, vivido pelo brilhante Billy Connoly, tem tido visões sobre o crime e o FBI fechou o departamento que lidava com assuntos misteriosos. O desaparecimento da agente se desenrola em uma busca por vários desaparecimentos de mulheres locais e tudo leva a crer que se trata de uma quadrilha de traficantes de órgãos. A vantagem é a ausência da linha “monstro da semana” que a série trazia e que foi seguida no primeiro filme, dessa vez o filme é mais democrático, e não exige conhecimento prévio da história, além de não começar onde a primeira adaptação parou.
Embora tenha boas cenas de perseguição, trilha sonora impecável, e um roteiro livre de alienígenas, monstros e outros seres comuns à série, o filme não tem o mesmo gás. A trama se desenrola em conflitos psicológicos da Agente Scully (Gillian Anderson) se contrapondo à síndrome de Don Quixote do Agente Mulder, que em vários momentos do filme repete o quase chavão “eu quero acreditar” do título do filme, além de ser meio didático, quase questionando a inteligência dos expectadores.
De mais a mais, Arquivo X – eu quero acreditar não é uma continuação da primeira adaptação para o cinema da série e apesar de ficar bem aquém da serie e mais se parecer com um episódio muito longo da mesma, funciona em quesito atores e efeitos. David Duchovny ainda tem espírito de Mulder, Gillian Anderson só tem cara de Scully e Amanda Peet é sempre uma boa pedida.
Nota 7, porque eu sou fã da série e porque funcionou como entretenimento leve, mas não supriu minhas expectativas.